A formação profissional indesejada
DOI:
https://doi.org/10.26849/bts.v50.1023Resumo
O artigo aborda a formação profissional pelo trabalho. Constata que este modo de educar sofre preconceitos, tanto em relação ao processo educacional que o caracteriza como em relação às ocupações que dele resultam. O texto desvela a oposição, nem sempre percebida, entre formação profissional pelo trabalho e educação escolar. Vários exemplos de formação profissional são analisados para mostrar como o trabalho educa. Atenção particular é dada a processos de formação profissional que o autor acompanhou em investigações realizadas em projetos da UNESCO voltados para trabalho e educação. Sugere-se que um entendimento de como ocorre a formação profissional, não comprometido por preconceitos, pode resultar em propostas metodológicas inovadoras para a educação profissional e tecnológica. As situações analisadas revelam que o aprender pelo trabalho confirma várias tendências contemporâneas sobre o desenvolvimento contextual do conhecimento. Entre tais tendências, merecem destaque: currículo baseado em obras, comunidades de prática e saber distribuído e compartilhado. O artigo é finalizado com uma lista de declarações que se opõem aos modos hegemônicos de se entender a educação dos trabalhadores.
Palavras-chave: formação profissional; trabalho e educação; aprendizagem situada; relação mestre-aprendiz; epistemologia do trabalho.
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