A teoria do capital humano e a educação profissional brasileira

Abstract

Argumenta que no campo educacional a teoria do capital humano reafirma-se como instrumental teórico e prático para solucionar a crise do emprego. Decorrente desta hegemonia teórica, o Estado brasileiro desencadeou um conjunto de ações, coordenadas pelo Ministério do Trabalho, visando garantir uma maior empregabilidade para os setores em risco de marginalidade. Entretanto, detecta-se a afirmação da dualidade no interior do sistema educacional, haja vista estes setores-alvo serem remetidos a um processo de formação fragmentado e esvaziado de conteúdos fundamentais para a constituição de um cidadão sincronizado com as mudanças políticas, econômicas e culturais, estabelecidas em nível global. Afirma também que a articulação desta teoria com o receituário neoliberal das agências financeiras internacionais agudiza o processo de privatização da educação profissional brasileira.